sexta-feira, 10 de junho de 2011

mais frases (extraidas de pequenas epifanias-Caio Fernando de Abreu)

Dentro de mim tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.

Este vazio de amor todos os dias: a cabeça pesada ao meio-dia, a boca amarga, um cheiro de sono e solidão nos cabelos.

E eu me pergunto se você já parou para pensar, “cara, eu sinto falta dela.

Vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais.

Não se engane comigo, é na bagunça que eu me arrumo.

Você tem que parar de sentir falta, de quem não sente de você

É como se mil pessoas se importassem com você, menos uma. E, de alguma forma, era a única que você necessitava que se importasse.

Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora.

Era frio. Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração. Provavelmente competiam.

Só que chega um ponto que a gente cansa, que não quer mais saber de aventuras ou de procuras, entende?

Hoje eu só quero que o dia termine bem.

Me ferem muito esses teus silêncios.

Quando a gente está se sentindo assim é só olhar em volta - dar o tal de look-around -, aí você vai ver que não está tão mal assim.

Para não fazer parte disso, eu quis morrer, quis ir embora, quis perder para sempre a memória.

Nunca é tarde, às vezes é apenas cedo demais.

Ai chega a hora em que distribuo um segredo: o tudo que faltava, talvez seja você.

Ele vai e resolve aparecer assim do nada, com palavras que ele sabe que de algum modo mexe com os meus sentimentos.

Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos (…) tinha de ser justo amor, meu Deus?


Caio Fernando de Abreu

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